22 de dezembro de 2007

Luxo

Ladrões exigem a bolsa ou a vida.
Uma mulher como eu, exige ambos.

Luxo é ser feliz.
Felicidade total para vocês em 2008 !
Beijos kristalinos !

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29 de novembro de 2007

Alô ? Palpiteira !

Alô, Palpiteira ? Querida !

Você sabe como eu detesto namorados ponta-de-estoque!
São fora de moda, cheios de defeitos, baratos, ordinários e estão sempre sobrando.

Tive um namoradinho que vivia me convidando para um cineminha, um drinquezinho, um jantarzinho e depois um amorzinho num motelzinho.

Um dia, eu disse para ele:
“Bonitinho, cresça e apareça.”

Namorado para mim tem que ter referências da última namorada, atestado de vacina, saúde, tem que saber cozinhar e tem que ficar pra dormir.
Dou três dias de experiência e folga aos domingos.
Alô ? Alô ? Alô ?

Palpiteira ?!?

18 de novembro de 2007

Cara ou coroa ?

Hoje, estou desligada ou fora da área de alcance.
Cara ou coroa ?

Cara.
Desligada.

Coroa.
Fora de alcance.

CARA ou COROA ?

Tem dias que não sei com que cara sair.


30 de outubro de 2007

HAIR

Está bem !
Tenho que admitir que ...
dessa vez eu exagerei !

29 de outubro de 2007

Roupas e cachorros



Um conselho básico:

Nunca usem roupas capazes de assustar um cachorro.

23 de outubro de 2007

Jóias de Kristal

Nunca use bijuterias ou imitações de jóias, e muito menos aceite-as de presente de um homem.
Estraga definitivamente a reputação de qualquer mulher.

Diamonds are a girl´s best friend.

8 de outubro de 2007

Com que roupa ?


Nunca sei que roupa escolher...

Fico tão indecisa...

Com que roupa eu vou ?

Com que roupa eu vou ?

Com que roupa eu vou para a festa que você me convidou ?

19 de setembro de 2007

O retorno de Kristal

Fiquei muito tempo fora, em terras distantes e geladas do Leste Europeu.
Já estava quase me esquecendo do calor e da luz do sol do Brasil.
É bom estar de volta ao meu labirinto.
Senti saudades daqui, e de vocês.
Dizem que eu estou ficando amarga, enjoada, ácida, sem graça. Não é verdade.
É só colocar limão, wodka, adoçante, gelo, sexo, um brilhante bem grandão no meu dedo e mexer gostoso, que eu fico maravilhosa.

Às vezes, me dá vontade de largar tudo e fugir para uma ilha... Manhattan, Sardenha, Île de Paris, Île Saint-Louis, Capri... Lá, se rolar um pepino, pelo menos vai ser um pepino di Capri.

Toca telefone, toca celular. Batem na porta, uma enxurrada de e-mails, a campainha da porta não para.
Sou uma ilha deserta cercada de homens por todos os lados.

Tem dias que eu adoraria ser bem simplezinha, igual a todas as outras mulheres.
Assim, igual a você.

Os homens são todos iguais. Absolutamente TODOS, sem exceção !
Se eu não fosse linda, maravilhosa, rica, chique, poderosa, sexy, moderna, inteligente e muuuito generosa... aposto que eles nem olhariam pra mim.



Cansei de ser sexy.

22 de agosto de 2007

Misses do Leste Europeu

Estou teclando do meu note-book em um hotel no alto das colinas geladas do distante Leste Europeu.
O inverno é muito rigoroso e tudo o que vejo daqui da janela de minha suite é uma paisagem branca, silenciosa, gelada, quase tão fria quantos os meus olhos azuis.
Vim para cá, como faço todos os anos, organizar o famoso concurso de beleza local.
Tento me abastrair, imaginar que é isso apenas um trabalho como outro qualquer.
Mas, por mais que tenha auto-controle (e eu tenho), não posso deixar de ficar envolvida sentimentalmente.
Passei uma grande parte da minha vida participando desse tipo de concursos, como candidata.
Conheço perfeitamente bem os dois lados dessa moeda - ou dessa passarela.
Porém o que mais me preocupa agora, é que depois de uma breve e ardente aventura em Brasília, as minhas regras estão muito atrasadas - sim, e todos nós sabemos o que isso pode significar.
Não sei como vai ser, isso não estava - e nem nunca esteve - nos meus planos.
Prever o futuro é fácil.
Difícil é dizer o que está me acontecendo agora.
Agora tenho que descer para o saguão do hotel, respirar fundo, tentar me concentrar.
Ser profissional e enfrentar muitas horas de trabalho difícil, meticuloso e estressante.
Estou sendo esperada por dezenas de garotas nervosas e lindíssimas, com seus vestidos coloridos e luxuosos. Todas elas estão decididas a ser a rainha da beleza.
Não posso decepcioná-las.
Devo estar bonita, impecávelmente vestida e maquiada, para dar o exemplo.
Sapatos de verniz preto com saltos altíssimos.
E discretamente perfumada.
Uma mulher sem perfume não tem futuro.

6 de agosto de 2007

Fotonovela

Minha primeira boneca, meu primeiro modess, minha primeira fotonovela, meu primeiro namorado, meu primeiro beijo, minha primeira decepção, meu primeiro amante, meu primeiro orgasmo, meu primeiro anti-concepcional, meu primeiro aborto, minha primeira esmeralda, meu primeiro marido, meu primeiro brilhante, meu primeiro divórcio, meu primeiro descontrole emocional, meu primeiro psicanalista, meu primeiro anti-depressivo.
Minha memória parece uma floresta com plantas e animais em extinção.

O tédio, às vezes é tão grande, que se a minha vida fosse uma fotonovela, seria bem mais emocionante.


Às vezes não sei o que fazer. Se me deprimo pensando na vida, se mudo a cor dos cabelos para vermelho intenso ou se me entupo de chocolates e bombons da Kopenhagen.
Sou uma ilha deserta. A sobrevivente de um naufrágio.
Sou uma personagem de Lost.

30 de julho de 2007

Mae West

A maioria dos homens gosta de mulheres que pareçam mulheres.
Qualquer homem pode pegar um monte de palitos num restaurante, grátis.

Mae West


Já fui tão pobre que nem sabia de onde viria o meu próximo homem.

Mae West

(Quando lhe perguntaram que tipo de mulher ela era)
Desculpe, mas não posso distribuir amostras.

Mae West

Mae West


15 de julho de 2007

Vida de Kristal

Hoje em dia me dou (quase) todos os direitos.
Até porque o tempo agora é mais curto, e não posso disperdiçá-lo com nada e nem ninguém que não valha a pena.
Viver pode ser bom em qualquer idade.

A vida me deu tudo o que poderia dar, de bom e de ruim. Nada me foi poupado – ela foi completa nos dois sentidos.

Penso no que o escritor Elie Wiesel um dia disse:
“ Depois de tudo o que já vivi, nada que me aconteça poderá me fazer muito feliz. E nem muito infeliz.”

Houve uma época em que se dizia: “ Só me arrependo do que não fiz.”
Esse arrependimento eu não tenho. Fiz absolutamente tudo o que tive vontade de fazer. E continuo fazendo.

Agora só evito pensar no passado. Ele está lá dentro de mim. Guardado. Quieto.

11 de julho de 2007

Espelho de Kristal

Finalmente voltei ao Brasil.
Muitos dry martinis no avião, o caos nos aeroportos – do Rio e de Paris – duas malas extraviadas (soube que estariam rumo à Istambul) e muita vontade de estar em minha cama.
No taxi, finjo estar dormindo, para evitar ter de conversar com o motorista.
Só quando desço diante de casa, descubro que esqueci as chaves da porta.

As empregadas não estão e todos os porteiros sumiram.
Me imagino passando a noite nos degraus, deitada sobre as bagagens.
Uma versão moderna da pequena vendedora de fósforos.
Morrendo de calor e de sede na calçada, com a bolsa cheia de Euros e usando o conjunto de esmeraldas Bulgari que ganhei de Donald Trump.

Lembro que minha vizinha tem uma cópia extra de minhas chaves.
Ela responde ao interfone com voz de sono e desce, abraçada ao marido. Parecem estar tão felizes. Acho que cheguei exatamente quando faziam amor.
Entro finalmente em casa e me jogo na cama. Nem acredito.
Sinto que estou excluida de uma realidade que é vital.
Talvez só o que os outros têm, seja real.
Espelho, espelho meu.
Me olhe, me toque.
Me ame.

27 de junho de 2007

George V

Minha realidade , este inverno, é feita de muitas coisas.
O avião que se aproxima da cidade.
O sol que se põe atrás dos alpes, ao longe. Cordilheiras nevadas.
Bem lá embaixo, as luzes se acendem em milhares de janelas.
Por um momento nem consigo mais lembrar para onde estou indo.
Foi um vôo longo. Houve um filme, jantar e café da manhã.
Carrinhos passaram mil vezes, de um lado para o outro.
Comida, bebidas e cobertores de lã macia.
Aeromoças ansiosas, apressadas e solícitas.
Maquiagens impecáveis e sorrisos quadrados.
O lugar para onde vou não tem mais nenhuma importância, agora.

Uma suíte de hotel.
Sofás estofados de seda verde e montanhas de almofadas.
Uma cama imensa. Janelões que dão para a rua excessivamente iluminada.
Flores, bombons e uma cesta imensa de frutas.
Champagne e gelo, com os cumprimentos da gerência.
Minha bagagem entrando, enquanto eu sorrio e agradeço.
Merci, messieur. Merci, mademoiselle. Je vous en prie.
Luz amarela que atravessa as vidraças. Luz excessiva. Cidade luz.
Luz. Então é isso. Estou em Paris.
Novamente sozinha, os olho bem abertos, em um quarto estrangeiro.
Acordada, enquanto todos em minha terra ainda dormem.

1 de junho de 2007

Eu traio, tu trais, ele trai...

O homem diz que trai porque é da sua natureza. Ou porque “rolou uma oportunidade”.
Acho que é verdade. E não existe homem fiel.
A mulher trai porque fica carente. Eu pelo menos sou assim.
Nunca pensei e nem disse “morri de tesão, por isso traí”.
Só traio por carência. E como sou muito carente, traio bastante.
É proporcional.

Homens preferem não ficar sabendo que foram traídos. Têm pavor de ser cornos.
Já as mulheres quase sempre são obssessivas, fuxicam a carteira deles, abrem os bolsos dos paletós, as agendas, olham os e-mails.
Procuram tanto, que acabam encontrando.
Bem feito.

A mulher se coloca na posição de vítima, não assume a culpa da traição. Finge que a culpa é “sempre do homem”.
Não sou assim.
Traio quando quero. E sem culpas.

"Perdoa-me por te traíres."